O Datafolha divulgou na segunda-feira, dia 10/09, a primeira pesquisa eleitoral depois do atentado contra o candidato Jair Bolsonuaro (PSL).
Liderando com 24% de intenções de voto, o presidenciável apresentou pouco crescimento, analisa o cientista político Jairo Pimentel. A diferença do valor com a última pesquisa Datafolha, divulgada em 21 de agosto, é de apenas 2 pontos percentuais.
O presidenciável sofreu um ataque com faca na quinta-feira dia 6 durante campanha em Juiz de Fora (MG). Era esperado aumento maior da taxa intenção, em razão da possível comoção causada pela agressão, e maior exposição dele na mídia nos últimos dias.
“É uma subida até um tanto tímida. É um número que, apesar de ser positivo, ainda é negativo porque é menos do que era esperado”, pontua Pimentel em entrevista ao Jornal da Record News.
Apesar de estar numericamente em quarto lugar na disputa pelo segundo turno, Fernando Haddad (PT) é o candidato que tem maiores chances de ultrapassar seus adversários. “Como o Haddad conta com mais tempo de televisão e tem o endosso do Lula, é provável que seja ele (no segundo turno)”, diz o pesquisador do Cepesp.
Por já alcançar 9% nas intenções de voto sem, efetivamente, ter começado a campanha como presidente, o ex-prefeito mostra que consegue atrair o eleitorado lulista. “Ele passou de 4% para 9% (das intenções de voto). Já é algum efeito do esvaziamento da candidatura do Lula, porque as pessoas sabem que ele não vai ser candidato”, explica Pimentel. O ex-presidente teve candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
“É muito difícil a gente ter um cenário em que dois candidatos anti-lulistas se enfrentem. É mais provável que vá para o segundo turno um candidato anti-lulista e um candidato lulista. Seja Ciro (PDT), Marina (Rede) ou Haddad, que, na minha opinião, é o grande favorito para disputar o segundo turno”.
