Pesquisador do Cepesp salienta que é preciso desenvolver políticas públicas para fortalecer a troca de conhecimento entre as fronteiras
O jornal Folha de S. Paulo publicou matéria sobre a crescente intenção dos brasileiros de viver fora do país, segundo revelou pesquisa do Datafolha. Em entrevista para o jornal, o pesquisador do Cepesp, Marcos Fernandes, destacou que há evidência empírica de que a mudança não é definitiva.
“A não ser em casos de guerra civil ou falência do Estado, boa parte deles acaba voltando (para o Brasil)”. Segundo o Datafolha, 43% da população adulta desejam morar no exterior, enquanto o número aumenta para 62% quando se trata de jovens entre 16 a 24 anos.

Fernandes disse que, quando os brasileiros moram fora e continuam atuando no Brasil, enriquecem a transmissão de conhecimento entre as fronteiras por meio de parcerias e projetos individuais, o que reduz a “fuga de cérebros”.
Para o pesquisador, políticas públicas são uma solução eficiente para atenuar a saída de brasileiros e aprimorar a troca de conteúdo acadêmico. “O governo precisa criar canais de conexão e participação com os acadêmicos brasileiros no exterior, e gerar estabilidade e crescimento para que os tecnólogos e empreendedores voltem mais rapidamente. Não é o mercado que vai resolver isso”, afirmou Fernandes.
Confira a matéria na íntegra na Folha de S. Paulo.