Pesquisador publica reportagem sobre os bastidores do funcionamento do Congresso

CEPESP  |  8 de abril de 2014
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O professor da UFABC e pesquisador do Cepesp, Sérgio Praça, publicou uma reportagem sobre os bastidores do funcionamento do Congresso no site da Agência Pública.

Praça foi um dos selecionados para participar do primeiro projeto de financiamento coletivo da Pública, que através de um crowdfunding arrecadou recursos para pagar bolsas para a execução de diversas investigações, relacionadas a assuntos de interesse público.

A reportagem foi dividida em duas partes. A primeira traz um levantamento inédito sobre como funcionam os gabinetes dos senadores. A segunda parte mostra como trabalham os 341 consultores legislativos do Congresso (184 no Senado e 157 na Câmara, segundo dados de janeiro).

Em “O lado desconhecido do Congresso”, o pesquisador cruzou, pela primeira vez, os nomes dos funcionários do Senado com os dados de filiação partidária mantidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O resultado mostra que, em junho de 2013, 16,1% das pessoas que trabalhavam nos gabinetes dos senadores eram filiadas a algum partido.

Na segunda parte, intitulada de “Redatores anônimos de leis”, Praça destrincha como funciona o trabalho dos consultores legislativos, que ganham altos salários e atuam nos bastidores para apoiar parlamentares nas atividades do Congresso.

O professor explica que os consultores são responsáveis por quatro tipos de trabalhos: escrever discursos, elaborar pareceres (contrários, favoráveis ou sem posição) para os deputados que relatam projetos, elaborar projetos de lei e outros tipos de propostas legislativas e realizar estudos sobre assuntos de interesse dos parlamentares.

Esses funcionários não trabalham nos gabinetes, mas sim em uma área separada. São contratados por concurso e não estão subordinados a nenhum deputado específico.

Para desvendar esse lado oculto da capital federal, Praça fez 17 entrevistas: oito pessoalmente – em duas viagens a Brasília, em novembro do ano passado e janeiro deste ano –, seis por e-mail e três por telefone.

Projeto. Lançado no ano passado pela agência de jornalismo investigativo Pública, o projeto Reportagem Pública doou bolsas de R$ 6 mil para a realização de dez reportagens independentes.

O dinheiro foi levantado através do sistema  de crowdfunding do site Catarse. Quem contribuiu teve a missão de escolher as pautas que seriam desenvolvidas com o dinheiro da “vaquinha”.

Para ler as demais reportagens financiadas pelo projeto, acesse: http://www.apublica.org

 

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