O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, deixou o governo do estado de São Paulo com uma avaliação positiva de 36% de aprovação dos paulistas, segundo o Datafolha. O valor, no entanto, é bem diferente nas pesquisas que avaliam as intenções de voto para presidente apenas em São Paulo.
Pesquisador do Cepesp, Sérgio Praça aponta que, entre outros fatores, Alckmin não avança no estado que já é conhecido em razão da migração histórica de votos do PSDB para partidos que satisfaçam as demandas do grupo contrário aos representantes da política tradicional.
Em entrevista para o site da revista Exame, Praça lembra que o eleitorado paulista se inclui na segmentação de votos entre a velha e a nova política.
Entre os nomes que figuram novidades e mudanças está Jair Bolsonaro (PSL), principal concorrente dos votos que se destinariam a Alckmin. “Para quem está na capital não é tão claro, mas o estado é bem conservador e o Bolsonaro personifica isso, com a vantagem de não ter um partido tão corrupto. Ele junta honestidade, ou a aparência de honestidade, com segurança e autoridade”, afirma Praça. Segundo o cientista político, essas características lembram o que o PSDB significava até pouco tempo atrás.
