Professores analisam mudanças no cenário de 2014

CEPESP  |  16 de outubro de 2013
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O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, é o nome que mais ganha com a saída da ex-ministra Marina Silva da corrida presidencial.Segundo a pesquisa Datafolha, 32% dos votos de Marina iriam para Campos quando ela não está na disputa.

Outros 23% dos eleitores declaram votar branco ou nulo e 22% ficam com Dilma. A Folha corrigiu, nesta terça-feira, 15, a informação publicada no último domingo que apontava que a opção dos eleitores de Marina seria a presidente Dilma Rousseff (PT).

Os pesquisadores do Cepesp Carlos Pereira, Cláudio Couto e Sérgio Praça fazem uma análise dos resultados da pesquisa e apontam o que esperar dessa inusitada aliança entre Campos e Marina.

Segundo Cláudio Couto, essa transferência de “prestígio” de Marina a Campos era esperada depois da parceria firmada pelos dois há dez dias. Ainda de acordo com o professor, “quando um dos candidatos relevantes sai da disputa é de se esperar que todos os demais cresçam”.

E foi exatamente o que aconteceu. Na última pesquisa, Dilma alcançou 42% das intenções de voto, enquanto Aécio ficou com 21% e Campos, 15%. No quadro que era tido como o mais provável no início de agosto, Dilma teve 35%; Marina alcançava 26%; Aécio marcava 13% e Campos tinha apenas 8%.

Para Carlos Pereira, o ponto mais positivo da união entre Campos e Marina é o fato de aumentar a chance de a disputa ir para o 2º turno no ano que vem. “Eu vi o surgimento dessa aliança como algo muito positivo para a democracia brasileira”, disse.

Sérgio Praça afirma que, daqui para a frente, os dois novos aliados terão o desafio de “afinar o discurso”. Eles já acertaram que irão definir o candidato à Presidência somente em 2014, mas há outros assuntos que entrarão em pauta.

O principal deles diz respeito à política de alianças que será colocada em prática no ano que vem. Aliados de Marina, que ajudaram a ex-ministra na tentativa frustrada de criar a Rede Sustentabilidade, têm demonstrado restrições a receber apoio de partidos que consideram representantes da “velha política”, algo que restringe consideravelmente o leque de opções e, consequentemente, o tempo de propaganda de rádio e TV.

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