Saída de Joaquim Barbosa de eleição presidencial favorece centro à direita e candidatura de Geraldo Alckmin, avalia Lara Mesquita

CEPESP  |  15 de maio de 2018
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Cientista política e pesquisadora do Cepesp analisa a relação entre Joaquim Barbosa e PSB e faz previsões do cenário eleitoral, após descarte da candidatura do ex-ministro à presidência da República.

Em entrevista para o Globo News Painel na última sexta-feira, dia 11, Lara Mesquita avaliou os efeitos produzidos no cenário partidário e eleitoral com a saída de Joaquim Barbosa da disputa à presidência da República, e o fim de um ciclo da busca pelo novo para a sucessão de Michel Temer.

Para Mesquita, a eleição sem Joaquim Barbosa pode ser baseada em uma estrutura partidária tradicional, com nomes já conhecidos e fortes no histórico eleitoral, beneficiados por espaços maiores para a propaganda política televisiva, ainda principal meio de se obter votos. “Esse vácuo pode dar mais chances ao centro político de direita e o Alckmin é o grande favorito. Quem respirou mais aliviado foi o Alckmin, porque o Joaquim Barbosa era o candidato com maior potencial para tirar votos dele”, examina.

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Presidente Michel Temer (PMDB) e o candidato a sua sucessão na presidência, Geraldo Alckmin (PSDB)

Ainda segundo Mesquita, o novo quadro eleitoral pode resultar em um “descasamento” entre os interesses de Joaquim Barbosa e de sua sigla, Partido Social Brasileiro (PSB). A candidatura de Barbosa poderia gerar resultados positivos para o partido, caso seu crescimento nas intenções de voto se consolidasse. “Talvez ele trouxesse mais benefícios para o PSB do que o consumo que ele faria do fundo eleitoral, porque um candidato à presidência muito competitivo tende a ajudar no desempenho de candidatos dos governos estaduais e dos candidatos a deputado federal”, declara.

Assista a entrevista de Lara Mesquita na íntegra no site do Globo News Painel.

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