Na cidade de São Paulo, o transporte coletivo é subsidiado pelo poder público. Além da tarifa paga por cada usuário de ônibus, a Prefeitura paga uma parte do custo. Nas contas da prefeitura, se não houvesse esse subsídio, a tarifa atual seria de R$ 7,12, destaca reportagem do Estadão, que entrevistou o professor Ciro Biderman, coordenador do Cepesp, que nesta quarta-feira, dia 12, participa, às 16h30, do Summit Mobilidade Estadão 2020.
Na entrevista, Biderman explica como o sistema funciona e porque ele discordo do modelo adotado em São Paulo. O painel do pesquisador do Cepesp será justamente sobre como equacionar preço e acesso cno transporte público. Pelo link do evento você se inscrever e acompanhar o debate, às 16h30.
Estadão: O senhor avalia ser correto as empresas receberem recursos públicos?
Biderman: Sim, mas discordo da maneira como essa ajuda tem acontecido. Nos Estados Unidos, a maioria dos sistemas de transporte é pública e a ajuda vai para os departamentos de transporte, que fazem o repasse para as agências.Aqui, no Brasil, meu incômodo é que esse dinheiro vai ser entregue diretamente às empresas. Historicamente, quem consegue acessar recurso público são as grandes companhias: elas estão preparadas e conseguem o crédito.Um resultado quase garantido da pandemia será uma concentração ainda maior dentro desse setor. Não me surpreenderia se sobrar, no final, apenas oito grupos operando. Hoje, existem empresas menores prestando serviços mais locais, que fazem um contraponto e concorrem dentro desse cenário. Infelizmente, a tendência é de que essas pequenas operadoras não sobrevivam.
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