“A decisão do juiz Rogério Favreto para libertar Lula foi risível. Participar de eleições não é justificativa razoável para tirar alguém da prisão. Mas quem interpreta o cotidiano com os óculos da hashtag “LulaLivre” viu em Favreto um redentor. E a interferência atrapalhada de Sérgio Moro logo em seguida só reforçou a narrativa de que o sistema judicial brasileiro persegue petistas e era necessário um herói para trazer equidade à Justiça”, assim resume o pesquisador do Cepesp, Sérgio Praça, o episódio prende-solta envolvendo o ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva.
Cientista político, Praça prossegue em seu blog na revista Veja: “Mais interessante do que entender as interpretações sobre o último domingo é saber a origem dos motivos para apoiar Lula. É o partidarismo ou a predisposição para acreditar em teorias conspiratórias? Não sei, é preciso fazer pesquisas específicas sobre isso. Mas a paranoia não pode ser subestimada como filtro de informações políticas. E aí não há fact-checking e campanha com programas partidários claros que faça diferença”.
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