Vice-presidente mulher é nova estratégia eleitoral

CEPESP  |  15 de agosto de 2018
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Escolher vice-presidentes da República é uma decisão pensada com cautela pelos partidos. Primeiro porque consolidam coalizões, depois porque tornam a campanha presidencial mais equilibrada e convincente. Por essas razões, os candidatos ao Palácio do Planalto geralmente optam por companheiros com região, classe social e ideologia política diferentes das deles, explica o pesquisador do Cepesp, Cláudio Couto. Nestas eleições, surgiu uma novidade: a vice mulher. “Estratégia que visa alcançar setores mais amplos do eleitorado”, afirma o pesquisador.

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(imagem: flickr)

PSDB, PDT, PSOL, Patriota e possivelmente PT têm candidatas mulheres como vice-presidentes. No caso do PDT, de Ciro Gomes, Couto lembra que a escolha de uma mulher se deu em decorrência do isolamento político sofrido pelo candidato. “Foi forçado a escolher um companheiro de corrida de dentro do próprio partido. Escolheu a senadora Kátia Abreu, uma líder ruralista que migrou para a base de apoio do governo de Dilma Rousseff. Abreu provavelmente causará mais mal do que bem às chances de Gomes”, diz.

O líder das pesquisas de opinião, Jair Bolsonaro (PSL) não optou por uma mulher como companheira de chapa. Para o cientista político, o general Mourão escolhido pelo presidenciável pode servir como uma proteção a um eventual impeachment contra Bolsonaro. “Um político radical, Bolsonaro enfrentaria o risco de impeachment desde o primeiro dia. Mas, como o general Mourão é igualmente radical, ele não seria um substituto atraente”, diz ele em artigo na Brazilian Reporter.

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