Não há apoio civil e nem político para realizar um golpe militar, declara Sérgio Praça

CEPESP  |  2 de junho de 2018
COMPARTILHE

Cientista político e pesquisador do Cepesp descarta possibilidade de intervenção do Exército, pauta que se propagou entre grupos de grevistas e outros apoiadores.

Em artigo publicado em seu blog Política com Ciência no site da revista Veja, Sérgio Praça analisa a disseminação de apoio à intervenção militar consequente à greve dos caminhoneiros. Para Praça, a possibilidade de um golpe militar é praticamente inexistente. “As chances de isso acontecer são próximas de zero. Não há, nem de longe, o tipo de antagonismo entre grupos políticos para que o Exército seja chamado para dar um golpe”, explica. Os grevistas bloquearam estradas e paralisaram o transporte de mercadorias, como gasolina e alimentos, em razão do aumento do preço do óleo diesel.

Sergio Praça
Sérgio Praça, cientista político e pesquisador do Cepesp

Grupos de caminhoneiros e apoiadores à greve ampliaram as reivindicações e pediram a queda do presidente Michel Temer por meio de uma intervenção do Exército. O cientista político esclarece que a situação política atual não se assemelha com a que antecedeu a ditadura militar em 1964. “É claro que a política não está bem, mas as eleições de outubro servirão para eleger representantes com a legitimidade que falta tanto a Temer quanto ao Exército, a este em grau muito maior”, avalia. Segundo ele, não há movimentos fortes o bastante para forçar uma intervenção. “Não há apoio civil suficiente para realizar um golpe. Nenhum político de peso apoia algo assim, nem mesmo Jair Bolsonaro (PSL)”, declara.

Leia o artigo na íntegra no blog de Sérgio Praça na Veja.

Deixe seu comentário