
Cota que obriga, desde 2009, partidos a lançarem 30% de mulheres como candidatas deu abertura para a existência de candidaturas femininas de fachada, ou “fantasmas”. Além disso, não atingiu seu objetivo de aumentar a representação feminina no Congresso Nacional. “Há uma cultura no Brasil de que mulheres não estão ligadas à atividade política, de que mulheres não têm interesse e ambição política”, explicou a pesquisadora do Cepesp, Jaqueline Zulini.
Cientista política, Zulini esclareceu, em entrevista ao Jornal da TV Cultura, que como o Brasil impede culturalmente mulheres de participarem do universo político, a ausência feminina é constante nos governos e incentiva os partidos a optarem pelas candidatas “fantasmas”.
Zulini disse que a mudança na lei para as eleições deste ano, que agora determina gasto mínimo de 30% do fundo eleitoral com mulheres, deve aumentar a presença de candidatas com pautas fortes e capazes de atrair eleitores. “Isso vai obrigar os partidos a pararem de trabalhar com candidatas fantasmas e a começarem a treinar e selecionar mulheres com programas políticos que sejam capazes de fazer campanha política. Mulheres de expressão que possam fazer as demandas e ter atividade legislativa significativa”, afirma.
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